Olá, leitores lindos,
Tudo bem? Espero que sim :)
Alguém aí gosta de distopia? Levanta a mão só quem gosta: \ô/ \ô/
Alguém aí gosta de ficção científica? Levanta a mão só quem gosta: \ô/ \ô/
Alguém aí gosta de distopia e ficção científica em um único livro? \ô/ \ô/ \ô/ \ô/ \ô/
Então eu tenho o livro certo para vocês: Partials, escrito por Dan Wells e publicado no Brasil, pela parceira Editora iD.
O livro aborda o declínio da humanidade, após uma terrível guerra que culminou em quase toda a extinção da raça humana. Na segunda metade do século XXI, os seres humanos criaram os Partials - seres criados em laboratório, mais inteligentes que os humanos, mais fortes, mais resistentes.
Certo dia, os Partials instauram uma revolução e se inicia a guerra contra a raça humana, no chamado Break. A fim de não ser mais explorada e escravizado pela raça humana, os Partials lançam no ar o vírus RM como arma biológica de uma guerra química. Cerca de 90% da população mundial perece ao vírus e todos os recém-nascidos não sobrevivem, ou seja, a humanidade está vivendo a extinção da espécie, já que não há descendentes que vivem mais de 4 dias após o nascimento.
Depois de lançado o vírus, os Partials somem e nunca mais se ouve falar sobre eles; se continuam vivos; se planejam outros ataques; como se organizam e muito pouco se sabe sobre esses seres.
Como o livro se passa num ambiente pós-apocalíptico, não há mais energia elétrica em abundância e os recursos do planeta definham cada vez mais. A única eletricidade é destinada ao hospital da ilha, onde a trama se ambienta, para que lá os médicos possam estudar e pesquisar uma cura, ao analisar os recém-nascidos. No entanto, a 11 anos não há um sobrevivente, em outras palavras, a população envelhece sem deixar novos humanos. O que resulta cada vez mais na proximidade da caótica extinção.
"O ataque a Pearl Harbor ficou na memória de nossos antepassados como o dia da infâmia. O dia em que os Partials nos atacarem com o vírus RM não ficará em memória alguma, pois não haverá ninguém para se lembrar disso." - David R. Cregan, presidente dos Estados Unidos, em uma coletiva de imprensa na Casa Branca no dia 21 de março de 2065. Três horas depois, ele se enforcou.

Quem protagoniza essa distopia é a jovem
Kira, médica aos 16 anos, devido ao Break e que trabalha com os recém-nascidos fazendo exames e mais exames que foram repetidos enfadonhamente por um período de ONZE anos e que só alcançou o mérito de ver todos os bebês definharem ao vírus e morrerem. Essa política da
Câmara de Deputados consiste num "tiro no pé", haja vista que não encontram uma cura, não sabem onde procurá-la no entanto, precisam acalmar a população mostrando que eles estão destinando recursos e esforços para encontrar uma solução.
Kira, por ser jovem e ter sido obrigada a crescer e amadurecer antes do tempo, possui uma mentalidade mais moderna e inovadora. Ela sabe, assim como todos os outros médicos, que aqueles exames não irão fazer com que os bebês se curem e por isso, toma a liberdade de querer pesquisar uma possível cura para o RM, no entanto para conseguir isso, ela deve contar com o apoio daqueles em que não confia e que não confiam nela.
Para completar esse clima de instabilidade, o Governo local está constantemente forçando as mulheres a engravidar, através da Lei da Esperança. A impressão é que o governo via os úteros humanos como "fornos de assar biscoitos" e que a cada 9 meses poderia sair uma nova fornada de bebê que não sobreviveria!!!!!! As mulheres eram obrigadas a engravidar aos 18 anos, e durante a leitura essa idade é abaixada para 16. Ou você engravidava com o seu parceiro ou o governo te engravidaria. Medidas desesperadas de um tempo com problemas não solucionáveis.
Vamos compreender a atmosfera político-social do livro de um modo mais didático. Temos o Governo , composto de uma câmara de deputados que não sabia solucionar os impasses locais. A Sociedade, nesse ínterim, era composta pelos sobreviventes e imunes ao vírus que viviam isolados na ilha. Tinham os rebeldes da Voz, que eram humanos opositores ferrenhos à Lei da Esperança e os Partials, humanos fabricados em laboratórios que estavam escondidos em algum lugar à espreita.
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Encontre o Partial escondido. rs |
Quando uma das irmãs-postiças de Kira fica grávida a estória muda de rumo! A fim de não deixar o filho de sua irmã falecer como milhares de outras crianças, percebemos que a determinação de Kira em busca de uma cura alcança valores estratosféricos, por conta disso, ela pensa que para saber como curar o RM, ela deve averiguar direto da fonte que os lançou: os Partials. Nesse momento, eu percebi que o anseio da jovem médica em encontrar uma possível cura foi motivado por interesses pessoais porque ela mantinha afeto com a vítima e como consequência desse "egoísmo positivo" ela traria a cura para a humanidade de um modo geral. Não julgo a Kira, mas também não lhe dou todo o crédito dessa atitude tão nobre.
A narrativa se inicia de mansinho, com uma história marota e de uma hora para outra estamos sugados para esse universo e transpondo os limites do desconhecido em busca de uma possível cura. Nós nos sensibilizamos e claro, ficamos aqui martelando com os nossos botões, o que poderia ser sido uma provável cura. No meio de conflitos, bombas, fugas inesperadas, ferrovias abandonadas, prédios destroçados vemos como aqueles jovens cresceram rápido demais, devido ao Break.
A Kira se sacrifica para conseguir encontrar uma cura e claro, que todos seus esforços somente se consolidam e são possíveis porque ela possui um time competente ao seu lado que burlam leis com ela e que também anseiam pela salvação da raça humana.
Do meio para o final da história, a leitura flui tão bem que você se pega perguntando quão rápido é capaz de ler. risos.
O autor usou um recurso muito interessante e eu o explicarei para vocês. No decorrer da trama, ele vai nos deixando com algumas informações que a princípio não julgamos importantes. Ele continua batendo naquela tecla e eu, sinceramente, não conseguia pensar que aquilo seria uma informação tão importante porque quando ele soltou aquela bomba na minha mão, eu só consegui pensar: MEU DEUS DO CÉU, COMO É QUE ISSO PODE SER VERDADE? QUÃO BURRO EU SOU PRA NÃO TER PERCEBIDO ISSO ANTES?
Sim, eu estava imerso na trama e ver Kira, como médica, lidando com os afazeres médicos que eu espero um dia desempenhar com competência porque também anseio ser médico (de verdade, na vida real! rs) me fazia ficar sem palavras. A luta pela vida e para prolongar a vida da sua espécie é uma luta sem precedentes. E o modo pelo qual ela descobre a cura é fascinante. Além disso, um pouquinho de biologia dentro de um livro de ficção científica não faz mal para ninguém.
Não mencionei anteriormente, mas o livro também aborda os sentimentos de amor quando Kira é submetida a viver num triângulo amoroso, ou seja, desde distopia a romance, Partials foi feito na medida certa para agradar todos os públicos! risos
Para fechar o livro e dar brecha a continuação, o autor usou um cliffhanger (não curto, mas não julgo os autores que usam). E com isso, nos deixa super inquietos sobre os segredos do passado de Kira e sobre o lançamento do vírus RM e sobre o destino da raça humana e o futuro da raça Partial.
Em outras palavras, não se exaltem caso suas perguntas não tenham sido respondidas ainda. Certamente, elas terão respostas na continuação.

Livro excelente é pouco, Partials me pegou de jeito <3 Eu adoro essa capa e esses tons alaranjados. A diagramação está muito bem feita, com alguns errinhos ortográficos ou pontuações inexistentes, porém isso não compromete o "andar da carruagem" e o espaçamento entre linhas e fontes estão muito bem colocados. Uma leitura ágil, fluida e introdutória para uma trilogia que promete arrebatar os
corações nerds-distópicos <3
O livro dois dessa trilogia foi lançado recentemente
pela Editora iD e se chama
Fragmentos. Estou super ansioso pela leitura e convido-lhes a conferir mais informações sobre a continuação,
clicando na imagem ao lado.
Espero que tenham gostado!! E comentem! rs