Olá, pessoal!
Tudo bem?! Espero que sim :)
Apresento-lhes as minhas impressões nessa resenha, sobre o livro Ressurreição, escrito pelo norte-americano Jason Mott e publicado no Brasil, pelo Grupo Editorial Record || Editora Verus.
O livro serviu de inspiração e foi adaptado para o seriado Ressurrection, produzida por Brad Pitt (marido de Angelinda Jolie) para a rede de TV americana ABC. A minha resenha tem como impressão apenas a visão de um leitor, porque eu nunca assisti ao seriado, portanto podem confiar. Não fui induzido pelas mídias audiovisuais!
O livro aborda um fenômeno mundial inexplicável que vem acontecendo em massa. Os mortos estão retornando a vida. Sim, o único caso registrado e que a crença cristã acredita é a ressurreição de Jesus. No entanto, no ambiente fictício desse livro, as pessoas começam ressurgir de modo inusitado e na maioria das vezes num local diferente de onde morreu ou foi enterrado.
Cabe salientar que retornam como humanos e não como zumbis comedores de carne.
Cabe salientar que retornam como humanos e não como zumbis comedores de carne.
Esse fenômeno surge para abalar as estruturas de organização do mundo moderno. Sabemos que a morte é uma das prerrogativas que permitem a vida na terra, pois é através dela que se mantém um equilíbrio nas taxas de crescimento populacional. Já pensou se ainda existissem todas as pessoas nascidas na época de Cristo? O mundo estaria arruinado em meados do ano 200. Nunca chegaríamos ao 2014. Todos os recursos do planeta estariam definhando e a humanidade caminharia para a extinção.
Essas colocações são justamente um dos temas centrais da obra. O mundo não comporta uma superlotação populacional. Os recursos se esvaem e aí surge as revoltas, lutas por comida, por água. E surge o MEDO! Esse ainda é pior que os outros, pois é o combustível que leva ao desastre e por conseguinte, nasce outro impasse: POR QUE ESSAS PESSOAS ESTÃO RETORNANDO? Afinal de contas, um ressurgido é um vivo ou um morto? Ele se comporta como humano, mas é humano? As famílias estão preparados para receber um ente que se foi, novamente em sua família? O que fazer para lidar com essa volta dos mortos?
Todas essas perguntas são indagações sem resposta. E isso só mostra a fragilidade do sistema político, que numa época de crise como aquela não têm respostas para dar aos civis amedrontados. A procura por respostas na fé, também se mostra falha porque enquanto uns creem que é um milagre divino, outros creem numa praga apocalíptica ou obra de satanás.
Esse é o ambiente do livro: instabilidade, perguntas sem respostas e medo.
A obra se centraliza na vida de uma família em especial, os Hargrave. Na data do dia 15 de agosto de 1966, o filho do casal: Jacob completava 8 anos. No entanto, essa data de festa foi marcada pela morte do garoto, causado por um afogamento.
Em 2012, quase 50 anos depois, eis que Jacob é levado até eles. Um casal de idosos na faixa dos 70 anos, tem a chance de rever o filho perdido. Parece muito mágico ter a chance de conviver novamente com um ente querido que partiu, porém quando alguém se vai, o ser humano se condiciona que nunca mais lidará com ele por isso, não está preparado para aceitar essa pessoa novamente. Achei muito interessante que o autor abordou, com veracidade quais seriam as reações de quem reencontra uma pessoa especial, primeiro o susto, o choque, o medo, seguidos do carinho e medo de perder pela segunda vez.
Para os ressurgidos o tempo não passou. No entanto, para os vivos reencontrar é mais difícil, até porque o tempo se encarregou de fazer todos seguirem em frente. O amor pode ter morrido. O carinho pode ter acabado. As memórias podem ter sido esquecidas O tempo se encarregou de afastar a dor da perda dos vivos. Sempre lembramos de alguém que se foi, mas a cada dia dói menos, porque nos acostumamos com a falta. Chega uma hora que fica só a lembrança e a certeza de que aquela pessoa foi importante, mas não está mais aqui.
O que eu devo fazer? Meu cérebro me diz que ele não é meu filho. Minha mente me diz que o Jacob morreu afogado miseravelmente, num dia quente de agosto, nos idos de 1966. Mas, quando ele fala, meus ouvidos me dizem que ele é meu. Meus olhos me dizem que ele é meu, exatamente como em todos aqueles anos atrás. p. 162Entre os capítulos, o autor usou um recurso interessante. Cenas ágeis que retratam pessoas desconhecidas que ressurgem. Cada caso desse, nos mostra como as reações são diferentes. Uns acabam sendo acolhidos pela antiga família, mas outros acabam não aceitando e não acreditam que aquele é o membro da família. Vemos casos de japoneses que ressurgem na América. Um artista que fez sucesso depois de morto e que retorna em busca da mulher amada, agora com 50 anos. O caso de um pastor que reencontra sua namorada, ainda com 16 anos.
Para os ressurgidos o tempo não passou. No entanto, para os vivos reencontrar é mais difícil, até porque o tempo se encarregou de fazer todos seguirem em frente. O amor pode ter morrido. O carinho pode ter acabado. As memórias podem ter sido esquecidas O tempo se encarregou de afastar a dor da perda dos vivos. Sempre lembramos de alguém que se foi, mas a cada dia dói menos, porque nos acostumamos com a falta. Chega uma hora que fica só a lembrança e a certeza de que aquela pessoa foi importante, mas não está mais aqui.
Esse é um tema delicado porque todo mundo já perdeu alguém. Todo mundo já sofreu por um amigo, por um cachorro, ou mesmo um familiar. E as ideias que levaram o autor a criar esse livro geralmente todos têm: "e se aquela pessoa voltasse só por uma noite, o que diríamos a ela?" Quando alguém se vai, sempre ficamos com aquela sensação de que poderíamos ter deixado-a com palavras de carinho e afeto, mas é impossível saber quando perderemos alguém.
Ressurreição me marcou muito e a sua leitura é bem delicada. Em certo momento, eu parei para refletir se ocorresse com a minha família, como eu receberia meu avô que já faleceu a sete anos. Como seria para ele conhecer sua família hoje, até porque em sete anos a vida se encarregou de mudar muita coisa. É claro que me emocionei, porque a gente lida com a falta da pessoa e coloca essa dorzinha num canto do coração. Podemos esquecer dela por alguns momentos mas ela sempre está ali.
- Deixo-lhes com um trechinho de uma música que sempre me emociona:
Lembro de nós dois sorrindo na escadaQue estava tudo tão bem e de repente acabouVozes no portão, passos no saguão, poderia ser vocêMas faz tempo que partiuDeixou algo aqui e pouco a pouco encontro seus sinais[...]Partiu num dia qualquer sem ao menos dizer adeusMenos de um Segundo - Rosa de Saron - Ouça aqui.
O mais interessante do casal central da trama: Lucille e Harold é que eles se acostumaram a uma vida sem o filho. Se machucam com aquilo constantemente, mas quando Jacob surge na porta deles fica claro que eles não estão preparados para aquilo. Ouso dizer que ninguém estaria. E apesar disso, eles buscam aproveitar o tempo com o filho. Cada um do seu jeito. Seja Harold com suas piadas ou Lucille com sua fé. Os dois são cativantes.
Não preciso dizer que depois de ter lido Ressurreição, é claro que irei ver a série e torcer para que seja tão boa e passe as mesmas sensações do livro.
Oi Adriano :)
ResponderExcluirDuas coisas que eu não sabia antes de ler sua resenha e agora sei: Quero ler esse livro e Tem série? Parabéns, você me convenceu. Irei comprá-lo. Abraços!
http://euvivolendo.blogspot.com.br/
Ola!
ResponderExcluirEu ja tinha ouvido falar sobre essa série,mas nunca cheguei a ver e nem sabia que tinha livro.Nos comerciais da série eu imagina uma coisa totalmente diferente do que estou pensando agora,depois que li sou resenha.Vou procurar esse livro e ver a série tbm!
Oi Adriano!
ResponderExcluirEu já tinha visto outras resenhas dessa série antes. Mas nunca li uma que me deu tanta vontade de ler quanto a sua, a sua realmente me fez encantar pelo livro. Deve ser um livro com muita emoção, fiquei doida pra ler! A capa é realmente bem caprichada!
Beijos!
*tô morrendo, desmaiei aqui com essa resenha, preciso desse livro, que capa é essa?*
ResponderExcluirOi, ainda estou sem ar! kkk Já tinha ouvido falar da série, mas não assisti ainda também e nem posso assisti-la antes de ler esse maravilhosamente-sensacional-perfeito-livro!!! A capa é um show e a premissa é maravilhosa, fiquei louca com a temática!
Beijoss
Achei a temática do livro bem interessante.
ResponderExcluirMas parece ser meio filosófico do jeito que vc colocou na resenha.
Quero ver como esse colapso do mundo vai acabar. Vc também falou da capa, em que eu concordo com vc que é linda e tem tudo a ver com o enredo do livro.
Oi Adri!! Achei demais esse livro! Ainda não li nada sobre mortos que voltam (rsrs) e quero muito saber como eles colocam esse assunto em livros. Esse livro, mesmo tendo zumbis, parece ser bem sério. Tenho certeza que a leitura será surpreendente! Achei a capa linda demais! Sabe aquela capa boa de olhar? rsrsrs Vou adicioná-lo ao meu skoob!!
ResponderExcluirBeijinhos
Mirelle - meumundoemtonspasteis.com
Oi Adriano,
ResponderExcluirJá conhecia a série,mas só fui descobrir o livro por acaso em outro blog que sigo.Acho tanto a série quanto o livro super bacanas e essa premissa que ambos trazem para nós espectadores/leitores muito interessante.Adriano,gostei muito da sua resenha e concordo com você essa capa está sensacional e trabalho da Editora para com ela está de parabéns.
Abraços!
Olá Adriano...Bacana poder conhecer e conferir tua resenha...Com toda certeza sou uma super fã do assunto e fiquei surpresa ao ler sua resenha pois não conhecia nem o livro nem o seriado e depois de conferir tua resenha com toda certeza vou inclui-lo na minha lista do Skoob e assim que tiver oportunidade vou querer conferir ambos!!
ResponderExcluirSão tantos livros, que a gente fica com vontade de ler, e sempre vão chegando mais! Esse já havi adicionada a minha lista de Quero Ler quando você o posto na coluna Li Até A Página 100... :)
ResponderExcluirBjs]
Anny
Eu achei a premissa desse livro fantástica. Assim que soube do que se tratava esse livro, eu já pensei logo, se isso fosse possível, seria ótimo. Poderíamos matar as saudades das pessoas que se foram, e poderíamos dizer tudo o que não dissemos antes de sua partida. Mas depois vi o outro lado da moeda. Como você disse, deve ser muito complicado para uma família, que já está conformada com a falta daquele ente querido, vê-lo vivo novamente. O medo da segunda perda deve ser enlouquecedor. Enfim, quero ler e assistir muito em breve.
ResponderExcluir@_Dom_Dom
Acho que eu sou uma das poucas pessoas que conheceu a série antes do livro!
ResponderExcluirMinha irmã é super viciada, e consequentemente eu também sou um pouquinho... Assisti os cinco primeiros episódios e tô louca pra assistir os outros logo, além de ler o livro que tem essa capa linda!
Adriano,
ResponderExcluirEu sou fã da série. Assisto sempre e cara, COMO ASSIM TEM LIVRO E NINGUÉM ME AVISOU????
Correndo pro submarino pra comprar agora.
Achei sua resenha FANTÁSTICA. Todas as sensações e percepções foram exploradas e isso é muito valioso numa resenha.
A família Hargrave é muito querida e eu preciso ler e ver se é melhor que a serie.
Abraços