[LANÇAMENTOS]: Grupo Editorial Pensamento

Olá, lindxs, 
Tudo bem?! 

Último dia de junho e apenas hoje, trago os lançamentos do mês do Grupo Editorial Pensamento. Porém, antes tarde do que nunca, certo? Certo! E sem mencionar, que nunca é tarde para saber as novidades do mercado editorial!! 
Confiram: 
* A odisseia de Tibor Lobato: o oitavo vilarejo - Gustavo Rosseb

* Casa Versace - Deborah Ball 

* Você pode curar a si mesmo - Dra. Julie Silver

* Origem: um segredo que pode ser a nossa destruição - J. T. Brannam

* O último Papa - Robert Howells

* Entre Deuses e Heróis - David Mulroy

E aí, pessoal, o que acharam dos livros? Gostaram? 
Estou ansioso para ler Origem e vocês?
Não deixem de comentar!!

[RESENHA]: A Vida Secreta das Abelhas - Sue Monk Kidd

Olá, lindxs, 
Tudo bem?!

SKOOB - Editora Paralela
Leia um trecho
Hoje, apresento a resenha de um best-seller internacional já adaptado ao cinema e que ganhou meu coração: A Vida Secreta das Abelhas. 
O livro foi escrito pela norte-americana Sue Monk Kidd, que também escreveu A Invenção das Asas, que eu já li e resenhei. Leia aqui.
Meu segundo contato com a escrita da autora não poderia ter sido mais prazeroso. Sou fã convicto de sua literatura e anseio por mais publicações. 

A Vida Secreta das Abelhas, acompanha a vida da doce Lily, uma menina branca e infeliz que vivia numa fazenda de pêssegos com seu pai autoritário e rabugento. Desde a perda de sua mãe, Lily sempre foi alvo de severos castigos impostos por aquele que deveria lhe devotar carinho e por isso, muitas feridas foram abertas em sua alma. O mais próximo de um carinho materno que ela recebe vem da negra Rosaleen, uma serviçal que cuidava dos afazeres domésticos. 

A obra é ambientada em meados da década de 60, quando os Estados Unidos viviam o auge de seu Apartheid, ou seja, havia uma discrepância entre ser branco e ser negro. Uns possuíam direitos, enquanto outros eram relegados à margem da sociedade. A relação entre brancos e negros não era bem-quista e motivados por um falso pilar de superioridade, os brancos não perdiam oportunidades para menosprezar os negros. 

Lily, cansada de sofrer os árduos castigos impostos por seu pai e Rosaleen, estafada de ser humilhada pelos brancos, se unem e decidem largar a pequena cidade onde residem para alçar voos maiores em busca de um espaço onde poderão viver tranquilamente. Por coincidência do destino e motivada a encontrar respostas sobre sua falecida mãe, Lily é levada ao município de Tiburon na Carolina do Sul e encontra moradia na casa das irmãs Boatwright, três mulheres fortes, negras e distintas que vivem graças a extração de mel.

May, June e August as recebem de braços e corações abertos e gradativamente, Lily vai sendo inserida no dia-a-dia de uma fazenda apicultora e descobre detalhes importantes acerca da vida de sua mãe e detalhes importantes sobre a cultura daquelas mulheres que lhes acolheram. O modo sincero como a cultura negra é retratado pela autora em seus livros me fascina, uma vez que ainda é raro encontrarmos protagonistas negros ou obras que os tratem com a igualdade necessária. 

Uma peculiaridade das personagens ''Kiddianas'' transcorre do fato de que elas se auto-descobrem. Nos dois livros da autora que tive oportunidade de ler, ela concede o protagonismo a "mulheres negras". Dois grupos que possuem um passado segregacionista no qual permaneceram na inferioridade por décadas e ainda hoje, lutam por conseguir equiparação politico-social. Suas personagens se flagram pensando em como são imperfeitas, hipócritas, e  como seus defeitos são os mesmos que elas repudiam (veja o quote abaixo).

A autora cria personagens com preconceitos arraigados e sua busca para desprender-se deles. Essa escrita ácida e crua é um recurso narrativo digno de aplausos.
Em suma, a Sue Monk Kidd confere ao povo afro-americano, um protagonismo que por séculos lhe foi renegado.
"T. Ray (pai da Lily) achava as pessoas de cor pouco inteligentes. Como quero dizer a verdade, incluindo as piores coisas, confesso que eu achava que podiam ser inteligentes, mas não tanto quanto eu, que era branca." (p. 63)
Além disso, a rotina da fazenda permite que a autora crie uma série de metáforas ao relacionar a vida das abelhas com a vida da Lily. Durante a narrativa o leitor tem a oportunidade de conhecer várias curiosidades sobre esses insetos tão importantes para a natureza e como eles possuem um modo peculiar de se relacionar, assim como a jovem Lily. Esta é uma clássica histórica sobre a força feminina, numa sociedade machista e sobre a força negra, numa sociedade racista. 
"Adorei a ideia de as abelhas terem uma vida secreta, como a que eu estava vivendo." (p.114)
Como disse anteriormente, a parte fictícia se relaciona coerentemente com o passado social norte-americano, ao passado em que representa as tentativas da sociedade negra em angariar direitos e oportunidades e a luta dos brancos, em impedir que isso se efetivasse. No livro, há uma mudança no cenário social, uma vez que os negros passam  almejar sonhos que antes lhes eram privados. Eles começam ver que é possível ter aquelas ambições e que restringi-los disso é inadmissível. Paira na atmosfera local o sonho utópico de direitos e oportunidades igualitárias, ou seja, a esperança de um futuro.
"Nós não podemos pensar em mudar a cor da nossa pele. É preciso mudar o mundo, é assim que devemos pensar." (p. 164)
Outro livro da autora!
Clique aqui para ler a resenha!
A evolução das personagens ao longo a narrativa e o modo como as reflexões acometem o leitor, tornam esta obra uma essencial leitura. Mais uma vez, a Sue Monk Kidd consegue me apresentar uma história sagaz e intensa, de força e superação, na qual, ficção e realidade andam de mãos dadas. 

Em cada início de capítulo há uma curiosidade sobre o mundo secreto das abelhas e são informações fascinantes! Além disso, apesar de já ter sido lançado no Brasil anteriormente, esta nova edição possui uma capa que obedece ao projeto gráfico de outro livro da autora. Como sou um pouquinho perfeccionista, simplesmente adorei <3 
Não encontrei erros gramaticais ao longo da leitura e senti que a fonte está impressa num tamanho um pouquinho menor, mas não dificulta a leitura! Além disso, vocês podem procurar o filme homônimo. Ainda não assisti, mas o farei assim que tiver oportunidade. 

A Vida Secreta das Abelhas é um livro que deveria ser lido por todos, principalmente os racistas e machistas, ao passo em que já se passou da hora de colocar um ponto final em toda forma de preconceito. Entre um branco e um negro NÃO HÁ UM SUPERIOR E UM INFERIOR. Somos todos iguais; merecemos direitos e oportunidades iguais. E se você não concebe desta ideia ou aceita essa verdade: procure um tratamento psicológico, por favor! 
AVALIAÇÃO GERAL: 

E aí, pessoal, o que acharam do livro? E da resenha? 
Não deixem de ler esta obra e nem de comentar. Sua opinião é muito importante!!

[RESENHA]: Mundo Novo - Chris Weitz

Olá, lindxs, 
Tudo bem?!

Editora Seguinte - SKOOB
Hoje, apresento-lhes a resenha de uma distopia que li no finalzinho de 2014 e que me agradou, apesar de alguns mínimos detalhes. Estou falando de Mundo Novo, escrito por Chris Weitz e publicado pela Editora Seguinte, o selo jovem da Companhia das Letras. 
Eu sou fã confesso de distopias e pela primeira vez, me decepcionei um pouco com a leitura de um livro do gênero em epígrafe!

Bebê, criança, adolescente, adulto, idoso! Naturalmente, esta seria a ordem cronológica das fases da vida de um ser humano qualquer. Envelhecer é a palavra de ordem. No entanto, o que aconteceria se toda a população mundial fosse extinta, restando-lhes apenas os adolescentes?! Como seria a organização de uma sociedade composta apenas por pessoas contendo entre 12 e 18 anos?! Pensou que seria uma bagunça? Você acertou.

Em Mundo Novo, a população foi dizimada por um ataque viral e os únicos sobreviventes são os adolescentes, todavia, eles são apenas portadores da imunidade, uma vez que ao transpor a maioridade, os sintomas da Doença se manifestam e esse quadro resulta no óbito. Nesse ínterim, pode-se inferir que a humanidade padece à mercê da provável extinção de sua espécie. 
"Algumas pessoas morrem aos dezoito anos, algumas mais cedo, outras mais tarde. A gente realmente nunca sabe. Tem algo a ver com os hormônios. Algo que nós temos, e as crianças pequenas e os adultos não; é o que nos protege. Mas devemos ser hospedeiros, porque quando você atinge a maturidade, o troço é ativado. Maturidade física, digo. Se você não morresse até atingir a maturidade emocional, os caras iam viver para sempre". (p. 36)
Com o fim da organização nata dos adultos, a sociedade juvenil precisou se adequar. Restando-lhes apenas adaptar-se as diferenças do mundo, os adolescentes passaram se agrupar em tribos ou gangues e com isso, passaram a obter e conviver com os poucos recursos existentes. Com os recursos naturais e energéticos também beirando a escassez, seus detentores precisavam se militarizar para defender e garantir sua sobrevivência. Por conta disso, instaura-se um clima violento e adolescentes precisam exercer ações diplomáticas ou embates físicos para assegurar sua sanidade física e psicológica; além da proteção de suas residências, de sua água, alimentos e amigos. 

A obra acompanha uma tribo que habita o que restou da cidade de Nova York. Esta tribo é liderada por um inexperiente, Jefferson, um rapaz que acaba de perder seu irmão para a Doença e que possui uma paixão doentia pela Donna. Em seu início na árdua tarefa de governar uma tribo, ele percebe que os recursos definham dia após dia, enquanto a violência além das fronteiras alcançam patamares exorbitantes! 

Motivados por uma fagulha de esperança criada pelo nerd Crânio, eles decidem sair do conforto de seus lares para embarcar numa jornada em busca de uma suposta cura, uma vez que suas vidas estão fadadas a findarem aos 18 anos. O tempo corre contra a raça humana e nessa aventura, eles serão exigidos ao limite, devendo manter a sanidade nas situações mais difíceis e sabedoria para lidar com as diferenças do mundo novo.

A caracterização das personagens está muito bem feita; todos os caracteres que definem um adolescentes fazem-se presentes, apesar da turbulência da sociedade. Sem deixar este tom ácido e petulante típico dos "aborrecentes" de lado, o Chris conseguiu encontrar espaço para desenvolver um romance com todas as nuances juvenis, receios, medos, inseguranças, primeiro beijo e etc. Além disso, ele conseguiu representar com sensatez como foi precoce o amadurecimento destes jovens e como eles tiveram de se adaptar as atuais condições para poderem sobreviver. 

Nesta jornada, eles encontrarão uma série de perigos e muitas cenas de ação são narradas com detalhes fidedignos. Saliento que alguns leitores podem se incomodar com a constante perspectiva de adolescentes estarem portando armas de fogo, uma vez que esta foi um fator que me fez perder o interesse na trama. Toda essa violência instaurada é tratada com muita naturalidade e por conta disso, causa certo incômodo.


Além disso, eu confesso que demorei a engrenar na leitura, por motivos desconhecidos. Como diriam alguns BBB's, "foi pura questão de afinidade". Não me senti tão fisgado pela trama, porém ao fim da leitura, confesso que o saldo foi positivo. Estou ansioso pela leitura do segundo volume, porque os fatos finais de Mundo Novo conseguem prender a atenção e deixar o leitor sem ar e surpreso. 
Devo mencionar que um dos grandes pontos positivos da obra, recorre das descrições de locais de Nova York, como hotéis, o Central Park, o metrô e etc.

A narrativa do Chris Weitz é bastante fluida e poderia ter findado o livro mais rapidamente. Eu queria ter gostado mais de Mundo Novo, porém não consegui gostar tanto. É contraditório sim, porém acredito que o problema reside no momento em que li o livro. Talvez numa outra época, eu leia e goste bem mais. A trama é narrada pelo Jefferson e pela Donna, sendo que as vozes narrativas são muito distintas entre si e a Editora Seguinte diferenciou as fontes entre os personagens. 

Eu odiei esta capa num primeiro momento (#ProntoFalei), entretanto, após tê-la visto em mãos, meu julgamento se mostrou precipitado. É uma capa bonita sim, condizente e coerente com o livro. Além disso, esta coloração fluorescente torna o livro ainda mais bonito. Não encontrei erros gramaticais no decorrer da trama e o tamanho da fonte é bastante confortável para a leitura! 

Eu recomendo esta leitura para todos que gostem de tramas adolescentes e de livros distópicos, sem deixar de lado, uma nuance científica e biológica!
AVALIAÇÃO GERAL:

E aí, pessoal, o que acharam?
Não deixem de comentar e um feliz São João!!

[RESENHA]: Branca de Neve tem que morrer - Nele Neuhaus

Lindxs, 

Editora Jangada - SKOOB
Leia um trecho
Um dos meus gêneros literários favoritos é o romance policial. Fico completamente envolvido em tramas investigativas e carregadas de suspense. Por conta disso, sempre tive muito interesse na leitura de Branca de neve tem que morrer, uma trama alemã escrita por Nele Neuhaus e publicado pela Editora Jangada. O livro faz parte de uma série composta de histórias independentes, o que permite a leitura mesmo sendo o quarto volume. 

Este livro venceu uma série de prêmios logo que foi publicado; o que comprova a qualidade da narrativa e o potencial da história. 
Acompanhamos uma pacata cidade alemã marcada por um assassinato duplo, Laura e Stefanie, conhecida como Branca de Neve. Apesar da falta de algumas respostas precisas e conclusões acertadas, o julgamento termina com a condenação de Tobias. 

Dez anos depois, o jovem termina de completar sua pena e retorna a cidade. E o livro têm início, justamente, neste ponto. Porém, sua volta é marcada por uma série de acontecimentos estranhos, inclusive a morte de sua mãe. 
Repudiado por toda a sociedade, Tobias vê-se fadado a assistir os acontecimentos do passado se repetirem, uma vez que uma nova garota desaparece. 

Branca de Neve tem que morrer foca na investigação comandada por dois importantes e inteligentes delegados: Pia e Bodenstein. 
Como em todo romance investigativo, uma série de provas e pistas surgem durante a narrativa de modo que as peças possam, gradativamente, se encaixarem e responderem os questionamentos levantados pelo desenrolar dos fatos. 

Há uma série de reviravoltas; muita emoção e adrenalina. Tudo acontece em apenas um mês, porém, este mês é marcado por tanto acontecimento que parece ser bem longo. Apesar disso, toda a trama é muito ágil. Quase 500 páginas são devoradas rapidamente e sem causar incômodo ao leitor. Fiquei impressionado com a desenvoltura da narrativa de Nele Neuhaus e o modo como ela conseguiu intercalar os fatos do presente com fragmentos do passado. 

As suas personagens são incrivelmente pessoais. A carga emocional depositada em cada uma deles, permite que o leitor crie laços de afeição com eles e se surpreenda quando os conhecemos verdadeiramente e às suas motivações. Além disso, o casal de investigadores apresentam falhas, ranhuras na conduta: são imperfeitos e passam confiança. Nem sempre conseguem, mas se esforçam o máximo. 

Algo que me incomodou um pouco durante a leitura foi a presença maciça de incontáveis personagens. Eram tantos nomes e participações que as vezes surgia o desespero por não saber a importância de alguns deles. E também senti um pouco dificuldade com as menções a locais da Alemanha. Entretanto, nada disso compromete o resultado final da estória. 

O projeto gráfico da obra e a diagramação estão impecáveis. Sempre teço elogios aos livros da Editora Jangada e com esta obra não foi diferente. Capa linda; fontes confortáveis; espaçamento ideal; acabamento impecável e inexistência de erros gramaticais e/ou ortográficos. Sem dúvida, um dos livros mais lindos que ostento em minha estante! 
AVALIAÇÃO GERAL:

E aí, pessoal, o que vocês acharam?
Não deixem de comentar e até logo! 

[RESENHA]: Leite Derramado - Chico Buarque

Lindxs, 
Como estão?! 

Companhia das Letras - SKOOB
Em 19 de junho de 1944, na cidade do Rio de Janeiro, nascia uma das maiores expressões da arte popular brasileira: Francisco Buarque de Hollanda, o nosso tão amado ídolo Chico Buarque. Hoje, este cara incrível completa seus 71 anos de vida e pensando nisso, não poderia deixar a oportunidade passar ilesa. Como fã de seu trabalho, senti intensa necessidade de falar sobre o seu livro Leite Derramado, publicado pela Editora Companhia das Letras. 
"Se soubesse como gosto das suas cheganças, você chegaria correndo todo dia." <3
Com esta soberba lufada de ar fresco e poesia, começo falar sobre este livro, apenas aparentemente singelo; com uma capa simples e humilde, que esconde um tesouro. Esta obra foi o meu primeiro contato com a literatura do Chico, uma vez que era admirador apenas de suas canções. Que grata surpresa ter a honra de me deliciar com esta estória tão incrível. 

Leite Derramado, em suma, nos apresenta um relato de um ancião internado num hospital cuja necessidade é contar a história de sua família para quem quiser ouvir. Enquanto assiste os dias passarem na monotonia daquele local, o protagonista tece comentários sobre o passado glorioso de sua família e a decadência presente. Ora inquieta-se, ora irrita-se. 

Debilitado por uma doença e sofrendo as intempéries do tempo, o narrador vê-se fadado a juntar frangalhos de lembranças na tentativa de completar as lacunas de seus dias. Por conta disso, não há uma ordem cronológica ou linearidade narrativa; as memórias vêm e vão, falhas, vagas e ocas; rápidas e breves, mas suficientes para que ele se atenha a elas e não desista. 
"Mas se com a idade a gente se dá para repetir certas histórias, não é por demência senil, é porque certas histórias não param  de acontecer em nós até o fim da vida."
A engenhosidade do Chico Buarque evidencia-se nos contraponto entre o que o protagonista esquece e o que ele omite; as verdades que prefere subentender nas entrelinhas ou as constatações irônicas e sarcásticas. Suas descrições beiram o realismo e em meio a tantos devaneios, o leitor vê-se flagrado a mergulhar cada vez mais fundo naquele baú de memórias. Sem dúvidas, este livro nos mostra o quão valorosos são os nossos idosos e como muitos sentem a necessidade de conversar, quando a solidão é sua única companhia. 

Levemente ácido e embriagado em poesia: este é o enredo de Leite Derramado. Uma trama que surpreende pelo modo como é contada ao leitor: em tom de confidência; como se aqueles segredos estivessem se perdendo e precisassem ser salvos; essencialmente leve e marcadamente psicológico. 
Poético - Singelo - Gracioso - Perspicaz - Sensato
O projeto gráfico da Companhia das Letras é um espetáculo à parte. O livro é tão refinado quanto o autor; nenhum erro gramatical e simplicidade na edição contribuem para a beleza da trama e desta edição. Em suas pouco mais de 200 páginas, Chico Buarque conta uma história digna de aplausos e elogios. 
- Vocês podem ler a resenha de outra obra do autor, publicada aqui no blog: O Irmão Alemão.
AVALIAÇÃO GERAL:

Espero que tenham gostado! 
Não deixem de comentar com a opinião de vocês!! 

Chico Buarque, sei que você não lerá esta resenha, mas lhe desejo um maravilhoso aniversário: muito amor e saúde!!

[PROMOÇãO]: 3 anos de O Maravilhoso Mundo da Leitura



Olá, pessoal!!

O blog O maravilhoso mundo da leitura está completando hoje 3 anos e para deixar esse dia ainda mais especial, uma galera veio participar da festa e presentear vocês, leitores.

As regras da promoção são bem simples, somente a primeira entrada é obrigatória e todas as outras são chances extras. Cada blog é responsável pelo envio de um determinado prêmio e para isso terão até 50 dias para enviá-lo, não nos responsabilizamos por perdas ou extravio por conta dos correios. A promoção inicia dia 19/06 e vai até o dia 25/07.




Livros e Cores - Na ilha

Electric Beans - A Rainha Normanda + 5 marcadores diversos

Estante de Papel - Querido John


Pobre Leitora - Kit de 20 marcadores e folhetos










Minha Velha Estante - Claro que te amo 

Café com Livro - Como Falar com um Viúvo + marcadores diversos

Café com Aroma de Livros - Cinderela Pop + 5 marcadores do blog + bloco de anotação artesanal


GeraçãoLeitura.com - Marcadores e post- it









Doces Letras - Sequestrados

Paradoxo Perfeito - A Jornada

Brooke Bells - Destruidoras


Tudo que Motiva - Folheto com o primeiro capítulo do livro "Não Pare - FML Pepper" + marcadores









Coração Leitor - Entre Dois Mundos

Uma Conversa Sobre Livros - Cidade de ladrões (Edição de Bolso)


Conjunto da Obra - Diário de um Adolescente Apaixonado

As Leituras da Mila - 40 marcadores diversos









Livrando por Aí - O Poderoso Chefão

Mulheres Românticas - O começo do Adeus

Codinome: Leitora - Fique comigo

P.S. Believe And Live - Camaradas em Miami









Lisossomos - 50 tons de cinza

MagiasBook - Cinquenta Tons de Prazer

Livros, a Janela da Imaginação - Tudo que eu preciso e Felicidade Temporária





Boa Sorte!!

[LANÇAMENTOS]: Companhia das Letras

Lindxs, 
Como estão? 

Primeiro semestre do ano quase acabando e eu ainda não li nem metade do que gostaria de ter lido. E para completar o meu desespero, a Companhia das Letras não para de adicionar livros na minha infindável e quilométrica fila de leitura. 
Com tanta qualidade em suas publicações, fica difícil escolher apenas um. Não concordam?


Do que é feita uma garota - Caitlin Moran
Saiba mais: (sinopses, informações e vendas)

A Rainha Vermelha - Victoria Aveyard
Saiba mais: (sinopses, informações e vendas)

O Gigante Enterrado - Kazuo Ishiguro
Saiba mais: (sinopses, informações e vendas)


O Império de Ferro (Infinity Ring #7) - James Dashner
Saiba mais: (sinopses, informações e vendas)

After: depois do Desencontro - Anna Todd 
Saiba mais: (sinopses, informações e vendas)

Esperança - Mary Jordan & Kevin Sullivan
Saiba mais: (sinopses, informações e vendas)

E aí, pessoal, o que acharam? 
Estão namorando quais destes lançamentos? Não deixem de comentar!! 

[RESENHA]: A Formatura - Joelle Charbonneau

Lindxs, 
Como estão?! 

SKOOB - Editora Única
Recentemente concluí a leitura de mais uma trilogia distópica envolvente e que deixará muitas saudades. O encerramento de uma série é sempre carregado de um sentimento dúbio de alívio e solidão. Em A Formatura, desfecho da trilogia O Teste, escrita por Joelle Charbonneau e publicado pela Editora Única, as personagens mostram-se feridas, dispostas a tudo por aquilo que defendem e acreditam. Sem dúvidas, uma obra que finaliza com êxito uma trama inesquecível. 

Não farei um resumo sobre os livros anteriores, todavia vocês podem encontrar as resenhas deles clicando: O Teste (leia aqui) e Estudo Independente (leia aqui). 

Malencia Vale tinha o sonho de ajudar a Comunidade Unida a se reerguer após a destruição causada por guerras do passado e para isso, foi selecionada pelos organizadores do Teste para ter a honra de lutar por um motivo tão nobre: ajudar na reconstrução de seu país através de seu estudo. 
Ingênua e motivada, Cia foi conhecendo as engrenagens deste sistema e percebendo que nem tudo era saudável como se esperava. 

Gradualmente, nota-se características adversas deste sistema ora rico em esperanças e ora rico em falhas. Em quem confiar? Quem ter como aliado? Em meio a tantas incertezas, Cia e seus amigos têm mais perguntas do que respostas e numa iminência de guerra civil e revoltas populares torna-se evidente a necessidade de uma reformulação política e educacional para a aplicação do Teste. 

De um lado, pessoas importantes e defensores dos atuais meandros que rodeiam as aplicações de testes para os graduandos e de outro lado, pessoas exigindo mudanças. Grupos opostos; ideias contraditórias e um contexto político efervescente e febril. Neste volume, a Cia assume um protagonismo ainda maior. Ela é aquela que poderá mudar o curso da história de seu país ou assistir tudo continuar estagnado. Atuar ou se omitir? Lutar ou se calar?

O enredo de A Formatura é muito envolvente e repleto de adrenalina. O conselho de que Cia não pode confiar em ninguém continua imperando e a moça lembra-se a apega-se ao que seu pai lhe disse ainda no primeiro volume. Outra característica marcante deste livro é a representação da maturidade adquirida pelos personagens; de bobinhos e esperançosos a deprimidos e desesperançosos diante de tantos percalços. Mas ainda assim, decididos e responsáveis sobre sua importância quanto ao seu papel enquanto estudante.

Todas as respostas necessárias para se entender o contexto desta distopia e suas implicações são disponibilizadas ao leitor. Todas as pontas soltas conseguiram ser amarradas ao texto e o desfecho de cada personagem se tornou bastante crível. Os rumos da Comunidade Unida após o "furacão Malencia Vale" ficaram subentendidos, permitindo que cada leitor o compreendesse conforme preenchesse as lacunas em aberto. 

Esta é uma trilogia muito especial para mim e que me proporcionou uma viagem literária espetacular. Livros que eu, simplesmente, devorei. Tramas conectadas e ricas em reviravoltas capazes de não desviar a atenção do leitor. A Joelle Charbonneau construiu sua história com bastante embasamento e criatividade; levando-me a ser um fã de seu trabalho. Sem esquecer que a autora usou e abusou do protagonismo e coragem femininos na representatividade de suas personagens: mulheres inteligentes, fortes, sagazes e espertas compõem o cenário de suas obras. 
Surpreendente - Intenso - Efervescente - Incrível - Ágil.
A diagramação deste volume obedece o projeto gráfico de toda a trilogia. Os tons de cores combinam e dão uma ideia do clima tórrido que encontraremos neste volume. O símbolo da capa possui um significado para o movimento liderado por Cia e seus aliados. Não encontrei erros gramaticais incômodos e infelizmente, este volume não veio com marcador incluso (triste)...

E aí, pessoal, o que acharam?! Espero que tenham gostado e não deixem de comentar :)
AVALIAÇÃO GERAL:

[RESENHA]: Primavera de Cão - Patrick Modiano

Olá, pessoal,
Como estão? Espero que bem! 

SKOOB - Grupo Editorial Record
Para quem não se lembra, o Grupo Editorial Record publicou a trilogia essencial do autor Patrick Modiano, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 2014. Entre seus livros, o blog já resenhou Remissão da Pena (leia aqui) e Flores da Ruína (leia aqui); Para finalizar esta trilogia temos a obra: Primavera de Cão, sem dúvidas, o mais enigmáticos deles, em minha humilde opinião. 

Nesta obra, o autor francês extrapola, mais uma vez, o limiar das lembranças e memórias e as inquietações geradas por elas. Com o uso de metáforas, escolha acertada de vocábulos e raridade de diálogos, Modiano insere-se num terreno etéreo na tentativa de representar a ausência; pequenos fragmentos, nomes, identidades, números de telefones e fotografias são responsáveis por contar a história de uma outra vida. 

Estes fragmentos despertam o interesse do narrador quando numa primavera ele encontra a biografia de um fotógrafo conhecido como Francis Jensen. Em seus relatos, o autor consegue transpor suas próprias memórias para as suas personagens e com esta aproximação liga-se diretamente àquilo que compõe. Desta forma, um terreno embora fictício ganha nuances de realidade e saudade. 

Francis Jensen é um personagem perturbador e inquietante, bem como a mente do Patrick Modiano, por isso, a relação entre eles nos permite conhecer um pouco tanto de um quanto de outro. E nota-se a importância de escrever sobre isso com singeleza e astúcia, valorizando a narrativa em detrimento do conteúdo. Por mais simplória que este enredo possa parecer, é na necessidade de contar esta estória que reside uma trama incrível. 

E claro, para tornar toda essa viagem um pouco mais saborosa, o autor nos leva a um passeio por Paris, com suas conhecidas descrições e lembranças dos locais nos quais visitou. Um livro curtinho, de leitura rápida, mas capaz de gerar inquietações e reflexões para alicerçar o nosso futuro, embasado no presente e no passado. Sem dúvidas, um dos autores que aprendi gostar e admirar. 

A resenha ficou curtinha porque este livro é bem compacto em suas poucas mais de 100 páginas. Todavia, espero que tenham gostado da resenha e não deixem de conhecer o trabalho deste autor talentoso e premiado por seus escritos. 
AVALIAÇÃO GERAL: 

[REVIEW]: A 6ª edição do Atlas de Anatomia Humana mais elogiado do mundo


Lindxs, 
Como estão? 

Nesta nova matéria da coluna Review, gostaria de falar sobre um queridinho dos estudantes de medicina: o essencial Atlas de Anatomia Humana, uma obra de fundamental importância composta pelo renomadíssimo Frank H. Netter.
O estudo da anatomia nunca seria o mesmo sem este livro em mãos. Eu tenho, uso e sou apaixonado. O trabalho gráfico e editorial contribui para alavancar o trabalho intelectual e artístico do autor.
Netter faz aniversário e ganha edição exclusiva de 25 anos
SINOPSE:
Clássico indispensável para estudantes, professores e clínicos, Atlas de Anatomia Humana chega à 6ª edição ainda mais objetivo, didático e com quase 600 ilustrações, a maioria pintada à mão por Dr. Frank Netter, além de desenhos do brasileiro Dr. Carlos A. G. Machado.
Ao se dedicar às artes antes de ingressar na Escola de Medicina da Universidade de Nova York, o conhecido médico e ilustrador Frank Netter ficou conhecido por utilizar a linguagem visual para desmistificar assuntos às vezes árduos para os estudantes. Assim, seus livros tornaram-se clássicos indispensáveis para alunos, professores e clínicos, como a obra-prima Atlas de Anatomia Humana que, em 2015, completa
25 anos e ganha edição de aniversário pela Elsevier. 
Esta, que também é a 6ª edição do livro, é um modelo inovador de demonstração da anatomia, que a partir de uma perspectiva clínica facilita o aprendizado daqueles que precisam de descrição detalhada do corpo humano nas aulas da disciplina e nos laboratórios de dissecção. O vocabulário visual coerente para compreensão da anatomia, e de como ela se aplica à medicina atual, está estampado em 590 ilustrações, boa parte delas pintadas à mão pelo Dr. Netter. Na edição comemorativa dos 25 anos também é possível explorar perspectivas únicas da anatomia de difícil visualização, com novos desenhos feitos pelo ilustrador brasileiro e coeditor Dr. Carlos A. G. Machado. 

As imagens trazem visões anatômicas, de conceitos à realidade, e nesta nova edição, incluem exemplos de drenagem linfática da mama, ouvido médio, curso da artéria carótida interna e face posterior do joelho, além de ilustrações adicionais sobre as artérias dos membros e novas imagens radiológicas. Ainda entre as novidades, há modernas imagens radiográficas para proporcionar a melhor visão do atual significado clínico e para que os alunos desvendem as relações anatômicas complexas.


INFORMAÇÕES TÉCNICAS:
Título: Atlas de Anatomia Humana
Autores: NETTER, Frank H. 
Peso: 2375 gramas
Formato: 21 x 28 cm
Páginas: 640 p.
Lançamento: 05/fevereiro/2015
ISBN antigo: 85-352-7969-5 
ISBN: 978-85-352-7969-6
6ª edição


AUTOR:Frank H. Netter nasceu na Cidade de Nova York em 1906. Estudou arte na Art Students League e na National Academy of Design antes de ingressar na escola de medicina da New York University, onde graduou-se em Medicina em 1931. Durante seus anos de estudante, os esboços do caderno do Dr. Netter atraíram a atenção dos membros da faculdade de medicina e outros médicos, permitindo que ele aumentasse seus rendimentos com a ilustração de artigos e livros-textos.


Este livro tem conteúdo extra e gratuito em português no site www.studentconsult.com.br. 
A aquisição desta obra habilita o acesso ao site www. studentconsult.com. br até o lançamento da próxima edição em português, ou até que esta edição em português não esteja mais disponível para venda pela Elsevier, o que ocorrer primeiro.

NOVIDADES DESTA NOVA EDIÇÃO
Pela primeira vez, o Atlas de Anatomia Humana do Dr. Netter traz “Apêndices de Tabelas de Músculos” com cobertura visual, região por região, e de acesso rápido ao final de cada uma das sete seções: Cabeça e Pescoço; Dorso e Medula Espinal; Tórax; Abdome; Pelve e Períneo, Membro Superior e Membro Inferior. 
Todos os detalhes da obra, entre eles sua abrangente nomenclatura, foi revista, supervisionada e atualizada por especialistas em anatomia clínica e anatomia de ensino para manter a obra de acordo com a versão mais recente da terminologia anatômica do Programa Internacional Federal de Terminologia Anatômica (FIPAT) da Federação Internacional de Associações de Anatomistas (IFAA). 
Os leitores contam, ainda, com conteúdo complementar online gratuito em português e atualizado no StudentConsult, com ferramentas úteis para os estudantes, como pranchas extras, vídeos com discussões de pranchas anatômicas, testes com perguntas e respostas objetivas e anatomia seccional transversa ilustrativa. Como parte das comemorações pelos 25 anos, em 2015 a Elsevier também lança a versão profissional do Atlas de Anatomia Humana, com capa dura e acesso ao Netter 3D, além de outros dois livros do mesmo autor: 
* Netter Atlas para Colorir 

* Netter Anatomia Clínica

- Vocês podem folhear a obra clicando neste link e para adquirir o livro, clique na imagem abaixo: 

E aí, pessoal, o que acharam? 
Eu amo estudar através deste Atlas e recomendo com veemência! 
Não percam esta oportunidade de estudar com a referência no estudo da anatomia humana. 

[LANÇAMENTOS]: Editora Gente & única Editora

Olá, pessoal, 
Tudo bem?! 

Prontos para adicionarem mais alguns livros maravilhosos a nossa interminável meta de leitura? Sim ou claro? Os novos títulos trazidos pela Editora Gente e Única (parceiras do bloguito) prometem agradar um vasto público. Que tal conferirmos? 

* 20 e poucos anos - Linda Papadopoulos 

* Meu refúgio perfeito - Adriana Marto

* O Plano de Deus - Padre Fernando Tadeu

* Jackaby - William Ritter

* O Poder da ação - Paulo Vieira, PhD

* O Beijo de Chocolate - Laura Florand 

E aí, pessoal, quais livros vocês mais gostaram? Confesso que estou muito empolgado com Jackaby e Meu refúgio *-* 
Não deixem de comentar! 

[RESENHA]: A Rainha Vermelha - Victoria Aveyard

Lindxs, 
Como estão aproveitando o final de semana? 

Editora Seguinte - SKOOB
Estou sem estruturas após ter terminado esta leitura. Estou "dextruido", "dextroçado", "desextabilizado" com um livro chamado A Rainha Vermelha, escrito pela Victoria Aveyard e que será publicado no Brasil dia 16 de junho, pela Editora Seguinte, selo jovem da Companhia das Letras. Este livro tem tantas emoções e sentimentos envolvidos que eu não estou sabendo lidar com tamanho turbilhão de pensamentos e ansiedade para o lançamento do volume subsequente. 

Esta obra nos apresenta o mundo de Mare Barrow, uma sociedade hierarquicamente dividida pela cor do sangue: vermelho e prateado; duas castas inconciliáveis num jogo definido pelo poder. Vermelhos são como ratos, vivem às sombras, menosprezados, tendo de conviver com o pouco e com o resto numa tentativa desesperada de sobreviver. Já os prateados, são nobres, dotados de beleza, inteligência e predicados mágicos, sim são poderosíssimos. 
"Os agentes de segurança são prateados, e os prateados não têm nada a temer de nós, vermelhos. Todo mundo sabe disso. Não somos iguais, embora talvez não dê para perceber só de olhar. A única coisa que nos diferencia - ao menos por fora - é que os prateados andam eretos. Já nossas costas são curvadas pelo trabalho, pela esperança frustrada e pela inevitável desilusão com o nosso fardo de vida". (p. 9)
Nesta sociedade, Mare é vítima do banditismo social: roubar é a única forma de sobreviver. Todavia, por alguma brincadeira do destino, a moça se vê protagonista de um fato inesperado. Rodeada de seres prateados, ela descobre um poder misterioso que a faz especial, única e temida. Como seria possível uma vermelha de nascimento possuir um poder único e exclusivo aos prateados? 

Em meio a tantas incertezas, alianças políticas são formadas e todo um clima real se instaura na narrativa. Debates acerca de honra, força, cavalheirismo, jogadas políticas e engrenagens sociais são ativadas de modo que a Mare se torna atriz de um espetáculo na corda bamba entre laços de sangue, poder e glória. 

A evolução de A Rainha Vermelha é incrivelmente surpreendente. Não estou superestimando esta estória, pelo contrário, fui fisgado por esta trama de tal modo que se tornou muito fácil me apegar e viver esta aventura. Cada fato foi pensado com muito apreço e estima de modo que a narrativa caminha com as próprias pernas e eu passei a sentir tudo que aquela leitura me proporcionou. 

A personalidade tão autêntica de cada personagem contribui para a formação de laços de afinidades e como a nossa maior fraqueza é o nosso coração: fui feito de bobo e sofri muito com o "andar da carruagem". Leiam e entenderão. Alianças são formadas, traições são reveladas e forninhos despencam o tempo todo num espetáculo de surpresas e originalidade. A autora foi muito feliz em sua criação e estou ensandecido por uma continuação tão digna quanto esta estreia. 

Vermelhos versus Prateados. Plebeus versus Nobreza. Miseráveis versus Poderosos. 
Neste embate entre duas forças antagônicas quem ganha é o leitor que se delicia com esta preciosidade. Fãs de A Seleção, As Crônicas de Gelo e Fogo. Jogos Vorazes irão amar este livro. 
Surpreendente - Perspicaz - Original - Intrigante - Envolvente. 
E aí, pessoal, o que acharam? Não avaliarei a diagramação e projeto gráfico porque fiz a leitura da prova antecipada ainda não tive contato com a edição definitiva. A capa é lindíssima e este contraste entre as duas cores da trama ficou marcante.
Espero que tenham gostado e não deixem de comentar, porque sua opinião é o meu pagamento :)
AVALIAÇÃO GERAL:  

Bom final de semana! *-*

[RESENHA]: O Irmão Alemão - Chico Buarque

Olá, lindxs, 
Tudo bem?! Espero que sim! 

Se tem uma personalidade da mídia que eu amo loucamente e morro de vontade de conhecer, esta pessoa é Chico Buarque. Eu tenho uma afeição imensa por ele e adoro suas músicas há um bom tempo. No entanto, apenas nos últimos meses, tive a oportunidade de ler seus livros. E se já me deleitava com uma face musicista e compositora de meu ídolo, eis que agora minha admiração alcança seu lado escritor.

SKOOB
Nesse último livro publicado, Chico (já tenho intimidade para deixar de lado o sobrenome) nos apresenta com uma trama refinada e rebuscada acerca da trajetória de um protagonista em busca de respostas aos segredos de sua família, no tocante a existência de um irmão bastardo nascido na Alemanha. A existência desse irmão é verídica e Sérgio Buarque de Holanda, de fato, teve um filho antes do casamento enquanto residia na Alemanha.

A partir de um fato real e que concerne à vida dos Buarque, Chico tece uma trama fictícia que transcende as barreiras entre o real e o imaginário; ficção e realidade de mãos dadas para contar uma história capaz de cativar o leitor. Em certos momentos, este se vê perdido no emaranhado de detalhes e informações sobre a existência desse irmão alemão e torna-se impossível distinguir a convergência entre a história familiar e a literatura. Todavia, saliento mais uma vez que apesar de partir de um fato real, a trama se desenvolve no campo da ficção. 

Francisco de Hollander, ou apenas Ciccio, é filho de uma família tradicional paulista em meados do século XX. Seu pai, Sergio de Hollander, um amante inenarrável dos livros, é possuidor de um dos maiores acervos privados da cidade. Certo dia, Ciccio toma conhecimento, por acaso, da existência de um filho bastardo, chamado de Sergio Ernst, nascido e criado na Alemanha, fruto de um flerte passageiro de seu pai com uma moça da região, quando este ainda era solteiro.

Apesar disso, o assunto nunca foi segredo assim como nunca foi discutido em sua família e devido a sua relação fria e distante com seu pai, Ciccio não encontrava meios de fazer o assunto ser discutido. Por conta disso, decide por conta própria, averiguar e procurar por pistas que remetessem a essa descoberta na vã tentativa de saber mais sobre esse irmão. Nesse ínterim, passa a coletar pequenas pistas e documentos que comprovem a existência desse irmão e seu paradeiro. 

Nessa incessante busca por informações, anos se passam e o Ciccio nunca desiste dessa jornada. Torna-se uma obsessão saber o que houve com seu irmão alemão e o narrador divaga sobre como foi sua vida sem a presença do Sergio Ernst e como poderia ter sido. São ilusões rápidas como o pensamento; hipóteses, delírios e divagações que mal se formam e já se desintegram. O limiar entre o que foi e o que poderia ter sido é bastante explorado pelo autor. 

A obra possui um contexto histórico muito efervescente. Ambientado num período marcante da história mundial, Chico Buarque correlaciona os acontecimentos ficcionais com o período entre guerras, o horror do holocausto e a ditadura militar brasileira. Além disso, todas as transformações sociais evidenciadas com a proximidade do século XIX fazem-se presentes. Com uma atmosfera biográfica, O Irmão Alemão se assemelha a um romance histórico embasado, coerente e intrigante. 
Chico Buarque é mestre em lidar com as palavras, seja em suas canções ou em seus escritos. Sua voz narrativa é forte, culta e serena. Com diálogos esporádicos, ele abusa do tom confessional e se aproxima do leitor através de seus relatos. Em alguns momentos mostra-se crítico e sagaz, em outros mostra-se maroto e irônico. Um dos maiores autores e ícones da literatura nacional contemporânea. 

A Companhia das Letras caprichou na edição de O Irmão Alemão. Alguns documentos reais encontram-se anexos a trama e conferem uma beleza e autenticidade aos relatos do Ciccio. As traduções desses trechos em alemão, permitem que o leitor não perca nenhuma informação do livro. Não encontrei nenhum errinho gramatical e apesar da simplicidade, esta capa é lindíssima! 

Eu recomendo a leitura a todos que se permitem deleitar com a leitura de um livro culturalmente clássico. Um livro que apesar de contemporâneo, possui todas as características elogiadas dos grandes marcos de nossa literatura nacional. Um livro histórico, ficcional e que foge aos atuais clichês! Chico Buarque se reinventa com O Irmão Alemão.
AVALIAÇÃO GERAL:

O que acharam desta obra?
Não deixem de comentar! 
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