[RESENHA]: Quem é Você, Alasca? - John Green

Olá leitores, como vocês estão?

Hoje venho resenhar para vocês “Quem é Você, Alasca?” escrito pelo autor, amado pelos jovens, John Green. A história já foi publicada por algumas editoras, mas a edição que eu li foi primorosamente impressa pela Editora WMF Martins Fontes. Assim sendo, meu contato com a obra se deu através de uma amiga que me emprestou o livro e me prometeu, com a leitura da obra, experiências inesquecíveis. Iniciei a leitura ansioso, no entanto com poucas expectativas, visto que na época John Green ainda não era adorado e ovacionado pelas multidões.

“Quem é você, Alasca?” narra a história de Miles “Gordo” Halter, um adolescente tímido, sem amigos, magro, que coleciona últimas palavras ditas por diversos personagens históricos antes da morte. Com isso, percebe-se que as palavras favoritas de Miles foram ditas por François Rabelais em seu falecimento que bradou acerca do “Grande Talvez” da vida.


Em seguida, Miles, imbuído pelos ditados de Rabelais, decide sair de sua vida medíocre e sem emoções, matriculando-se na escola interna que seu pai estudou: Culver Creek. Após a chegada, na nova escola, o protagonista conhece seu futuro grande amigo: “Coronel”; este por sua vez apelida o jovem de “Gordo” e, logo, o apresenta à linda, exuberante, misteriosa, bipolar, inconstante, intensa, sexy e maravilhosa Alasca Young.

Dessa forma, pode-se ler que desde a primeira vez que Miles viu Alasca, ele desenvolveu sentimentos pela enigmática garota que claramente iria dar a sua vida experiências que iriam fazê-lo provar o “Grande Talvez”.

O livro é recheado de acontecimentos intensos, divertidos e todo tipo de episódios que um grupo de adolescentes vivendo juntos podem aprontar (festas, sexo, bebedeiras, trotes, uso abusivo de tabaco, dentre outras aventuras). Assim sendo, a descrição verossímil, vívida e fluída faz com que você se sinta dentro das experiências que ocorrem no ambiente da Culver Creek e acima de tudo o leitor se sente cúmplice da amizade entre “Gordo” e Alasca (percebe-se que, por diversas vezes, o ledor pode sentir-se como um dos participantes das inúmeras confusões).

Por fim, vale salientar que o livro é dividido em duas partes (antes e depois) e os capítulos são contagens regressivas até um acontecimento que transforma a narrativa e enumerações dos demais ocorridos depois desse marco na história. Dessa forma, vê-se que o livro finaliza-se como um retrato fiel dos sentimentos da adolescência (até mesmo aqueles peculiares episódios em que todos passam e chegam a pensar que é o fim do mundo). Não obstante, Green descreve fielmente o sentimento que vibra num coração jovem e finaliza com maestria a narrativa mediante uma exposição poética e metafórica da existência e do “Grande Talvez” da vida.
Em linhas gerais, o livro tornou-se para mim a melhor obra de John Green que eu já li (melhor até do que “A Culpa é das Estrelas” e, por favor, não me batam por isso). Todavia, cabe uma crítica que é o vício em bebidas e cigarro nutrido por praticamente todos os personagens, que fazem uso de tais substâncias como plano de fundo para problemas pessoais até mesmo de ordem psicológica.

A edição da Editora WMF Martins Fontes traz uma capa incrível (uma das capas mais bonitas que já tive em minha estante), com bom material e arte extremamente bela; o texto conta com excelente diagramação e páginas de pólen amarelo. Como uma ressalva, deve-se explicar que, no Brasil, os direitos da obra pertencem à editora WMF que lançou o livro com três novas capas e à editora Intrínseca (foto da capa abaixo).

Edições da WMF Martins Fontes
Edição da Intrínseca
  












- Recomendo o livro para quem deseja ter acesso a um YA (Young Adult – Jovem Adulto) contemporâneo de qualidade, com uma história cativante e boas reflexões ao final da obra que valem a pena a leitura.



AVALIAÇÃO GERAL:
 + 0,5 = 4,5

Beijos e um forte abraço a todos. Comentem o que acharam da resenha e se pretendem ler o livro de J. Verde.
Atenciosamente, Jonh.



3 comentários:

  1. Oiee.

    Eu ainda não li este livro e ainda não sei se leria.
    Fala-se muito do autor, mas não gosto tanto dos livros dele. Claro que são divertidos e tudo mais, mas sei lá...
    Bom, conhecia pouco sobre este e confesso que sua resenha me despertou um pouco mais de curiosidade.

    Beijos
    http://www.amorliterario.com

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  2. Olá John, tudo bem?
    Meu segundo livro preferido do John <3 Minha capa é do rosto da menina e depois fiquei querendo a capa preta com margaridas haha, ai quero esses livros com capas lindas pra mim <3 A História me surpreendeu, sua resenha ficou ótima! Confesso que deu dor do coração ao lembrar de Alasca ;(
    Espero sua visita em Doce Literário *-*
    http://www.doceliterario.com/

    ResponderExcluir
  3. Engraçado que agora o John Green está para todos os lados e mesmo assim ainda não cheguei a ler nenhum livro dele. Em A Culpa é das Estrelas o fim trágico é obvio, mas nesse o que me deixou receosa foi o "as últimas palavras" na capa. Acho que tenho fobia à lágrimas literárias, haha. Mas agora fiquei curiosa com a história, vou ver se tomo vergonha na cara e tento ler.

    The Fat Unicorn

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