Olá, lindxs,
Tudo bem?! Espero que sim.
SKOOB - Farol Literário |
Reiniciados se passa num futuro em que o governo se auto-concentrou e militarizou; e através do controle e do elevado porte bélico, afugenta terroristas e pessoas descontentes com o sistema. Ou seja, após um colapso econômico, o Reino Unido se separou da União Europeia e após uma série de opiniões opostas acerca da contenção da violência, surgiu a Coalizão Central. Este órgão buscar evitar conflitos entre governo e rebeldes, enquanto o poder administrativo da nação decidiu se blindar e exterminar qualquer oposição, principalmente aquelas responsáveis por represálias violentas.
Uma das punições para terroristas capturados é se tornar um Reiniciado. Ao invés de ser mantido isolado no sistema carcerário, a pessoa é submetida a procedimentos cirúrgicos que a fazem perder sua identidade, memórias e sua vida. Imaginem um celular sendo formatado: tudo que te define é perdido para sempre. Você nasce de novo e sua nova vida é uma constante novidade; você passa a criar uma segunda identidade; E com isso, o governo lhe concede uma segunda chance.
Tornar-se um Reiniciado é, em minha opinião, uma das formas mais cruéis de controle. O Reiniciado perde anos de sua vida, tem o desafio de reaprender a viver e é constantemente controlado por um NIVO, que lhe impede de sentir emoções humanas como a raiva e a agressividade. Qualquer sinal de um comportamento violento ativa conexões cerebrais que provocam dor e o impedem de continuar com sua prática.
Esta é uma prisão sem grades, um controle sem rédeas e amarras. A partir de um discurso utópico e bonito, o governo mantém uma imagem imaculada de sabedoria e generosidade ao permitir que criminosos tenham uma segunda chance. No entanto, sabemos que essa falácia não corresponde a realidade. Ter seus passos controlados, suas emoções mantidas em constante vigilância e seu passado dizimado não é uma forma muito generosa.
Em Reiniciados, acompanhamos Kyla, uma reiniciada de dezesseis anos que não sabe o motivo de ter sido vítima daquele procedimento. Adotada por uma nova família, Kyla precisa se ambientar a rotina e a vida que agora lhe é a sua. Todavia, a adolescente não se parece com os outros reiniciados. Constantemente sofre de pesadelos que remontam a sua antiga vida, alguns lapsos de memória e ações involuntárias. Além disso, seu NIVO não parece funcionar corretamente.
Gradativamente, Kyla vai percebendo que há muitas nuances ocultas naquela sociedade. Ela infere que talvez o governo não seja tão justo e que talvez os terroristas não sejam aquilo que lhe dizem. Além disso, quando pessoas inocentes passam a desaparecer e serem levadas pelos Lordeiros (Agentes da Lei responsáveis por manter a ordem e evitar ataques dos terroristas anti-governamentais), Kyla percebe que existe uma mácula por trás do governo.
Apesar disso, Kyla percebe que um bom reiniciado não se preocupa com tais fatos e pelo seu próprio bem, deve evitar falar sobre suas conclusões, uma vez que qualquer prova de insatisfação e questionamentos acerca das decisões governamentais é motivo de punições. Qualquer ato de desafio é repudiado e quando realizado, rapidamente reprimido.
A narrativa da Teri Terry é muito fluida e interativa. Logo nas primeiras páginas, o leitor já se encontra imerso naquela trama e transpor as 432 páginas é uma tarefa rápida e agradabilíssima. Todos os personagens me cativaram e em especial, devo destacar a aproximação de Kyla e Ben, um outro reiniciado. Ben é o típico garoto alegre e que todos querem por perto. Sem dúvidas, um dos casais que eu mais gostei de ter encontrado,
Reiniciados é um livro encantador e magistralmente sagaz. O enredo é completamente instigante e toda a desenvoltura da autora para descrever as cenas e narrar sua história é ímpar. Todas as suas críticas são comedidas e a sua sinceridade em apontar as ranhuras de uma sociedade aparentemente perfeita é louvável. Sem mencionar que a alienação social de um povo é tratada com naturalidade a ponto de assustar.
Este livro foi uma grata surpresa e estou muito ansioso pela continuação.
O livro tem esta capa lindíssima e em minha opinião, o detalhe mais apaixonante é a intensidade do olhar da modelo e a coloração de sua pupila.
A edição da Farol Literário está muito bonita. A fonte possui um tamanho confortável e torna a leitura ainda mais ágil e não encontrei nenhum erro gramatical. O próximo volume já foi lançado no Brasil e se chama Fragmentada (saiba mais, clicando na imagem ao lado).
Preciso dizer que eu recomendo esta leitura?! Não, né?! LEIAM! Garanto que vocês vão se encantar e se apaixonar pela Kyla e sua vida de Reiniciada!
Olá!
ResponderExcluirTenho visto muitas resenhas positivas desse livro. Tu curiosíssima pra ler.
Espero conseguir ler em breve. Sou apaixonada por Distopia também, e parece que esse livro é uma excelente distopia.
Beijinhos
Jaque - Meus Livros, Meu Mundo.
Olha a maioria das pessoas já me indicou por várias vezes ler esse livro, mas sinceramente eu ainda não tive tempo, mas estou doida para começar a ler distopias, até porque eu só li mesmo THE 100. ADOREI. Agora quero conferir Reiniciados, porque amei a sua resenha. Me chamou bastante atenção e espero gostar tanto como vc gostou =]
ResponderExcluirParabéns pela sua resenha. Vc além de escrever bem, me convenceu a ler logo essa série !
lovereadmybooks.blogspot.com.br
Ooi,
ResponderExcluirEu ainda não li, lembro de varias resenhas sobre o livro, mas nenhuma me prendeu como a sua. Sei que quando gostamos muito de algo, falamos com amor e foi isso que você transpareceu na resenha.
Fico imaginando como deve ser horrivel ter sido reiniciado gente e isso é uma das coisas que mais me deixa com vontade de ler, poder entender como tudo se passa.
As capas são lindas *O*
Estou bem mais curiosa agora :D
Beijinhos,
www.entrechocolatesemusicas.com
Oi Dri, tudo bem??
ResponderExcluirNossaa!!! você achou a foto da menina da capa *O* show!!!!
Eu sabia que você iria gostar do livro... eu tinha certeza... lendo a sua resenha pude relembrar da história que está fresca na minha mente como se eu tivesse lido tudo hoje... adorei os pontos que você levantou e concordo com todos eles... essa é uma distopia digna de filme né... Xero!!!!
http://minhasescriturasdih.blogspot.com.br/
Adriano adoro distopias e a premissa desse livro e da trilogia em si é muito interessante e ao mesmo tempo cruel, apagar a mente e ser reiniciada. Leio muitos elogios e sua resenha só veio a confirmar o quanto o livro é ótimo. Vou correr para ler e aguardar suas próximas resenhas da trilogia. abraços
ResponderExcluirJoyce
www.livrosencantos.com
Olá Adriano, essa é uma das trilogias que esta faz tempo na minha listinha de desejados *--* O enredo parece ser muito bom mesmo, mostrando a protagonista que deve ter sofrido alguma injustiça para ser tornar uma reiniciada descobrindo a verdade por traz das atitudes do governo. Espero poder lê-lo em breve e amar a leitura como vocês *--*
ResponderExcluirVisite "Meu Mundo, Meu Estilo"
Oi, Adriano, tudo bem?
ResponderExcluirSabe, toda vez que venho aqui te visitar fico mais pobre haha
Eu também adoro distopias, se bem que faz tempo que não leio uma. Essa vai pra lista. Não gopstei muito desse método do governo (os governos nas distopias sempre tem uns métodos sem noção), mas esse faz sentido né, pois além de fazer a pessoa esquecer o que sabe (provavelmente algo importante contra o governo), ainda se faz de bonzinho tipo "ah, demos uma segunda chance para essa pessoa". O governo não fica tão escancarado como em Jogos Vorazes, por exemplo.
Super beijos <3
http://livros-cores.blogspot.com.br/
Oi, Adriano
ResponderExcluirEu li sua resenha e adquiri o livro. Ele chegou na sexta feira e eu já o li. Obrigado pela recomendação. Esta história é muito boa. Tem um potencial incrível e as críticas são boas demais,
Já vou adquiri o proximo
sucesso com o blog. amei a resenha
LEIAM ESTE LIVRO. SIGAM A DICA DO BLOG. VOCÊS NÃO VAO SE ARREPENDEREM