Lindxs,
Tudo bem?!
SKOOB - Editora Seguinte |
Houve um tempo, em que quase a totalidade das pessoas considerava que o lugar da mulher era na cozinha. Colega que está lendo isso, caso pense assim: favor atualizar as suas definições de pensamento para o século XXI. Esse pensamento misógino e discriminatório é nojento. Como diria Pitty: "O negro não vai voltar para a senzala; a mulher não vai voltar para o fogão e o gay não voltará para o armário. O choro é livre e nós também!"
O lugar da mulher é onde ela quiser e nessa abordagem que o enredo de O Histórico Infame de Frankie Landau-Banks se desenvolve. O livro foi escrito por E. Lockhart, mesma autora de Mentirosos (leia minha resenha, clicando aqui) e publicado pela Editora Seguinte!
Aaah, Frankie, que saudades de suas travessuras!
Sabe quando terminamos um livro e ficamos com aquele sentimento bom querendo alongar o que já acabou ou amaldiçoando-o por ter um final? Pois é, sinto isso com este livro. O histórico infame de Frankie Landau-Banks é um livro absurdamente cativante, com personagens inesquecíveis e cenas memoráveis.
A obra narra a vida de Frankie, uma garota que sempre foi ofuscado pela irmã e sempre passava despercebida por onde andava, até que a adolescência e as transformações morfológicas motivadas pelos hormônios cumpriram com seu papel e todos passaram a notá-la, seja pela beleza, por suas atitudes ou sua personalidade marcante. A garotinha nerd cresceu e se tornou uma adolescente forte, decidida e com fortes ideias e um espírito competitivo inflamado.
Estudante de um colégio tradicional, Frankie desperta o interesse do mais cobiçado garoto da escola, Matthew Livingston e graças a esse relacionamento, ela descobre que seu namorado faz parte de uma sociedade secreta chamada: Leal Ordem dos Bassês.
Curiosa e motivada por um espírito aventureiro, a jovem logo se interessa e anseia fazer parte deste seleto grupo. Todavia, toda as suas aspirações são destroçadas quando seu ingresso é negado, apenas porque ela é uma MENINA!
Isso mesmo que você leu, seus cromossomos XX a impediam de entrar e descobrir os segredos daquela sociedade. Engana-se quem pensa que a Frankie recebeu esse diagnóstico com conformidade e aceitação, pelo contrário, a garota tornou-se ainda mais decidida em provar para todos que ela era apta a fazer parte daquela equipe sim e que eles não poderiam discriminá-la apenas por ser quem ela é.
Esse comportamento misógino é foco das lutas feministas na atualidade e a garota é uma feminista, que através de uma série de pegadinhas e atitudes um tanto quanto imaturas tenta provar o seu valor e conseguir êxito em seu objetivo. Apesar de possuir uma série de ideias embasadas e coerentes, mostrando um comportamento maduro para a idade, Frankie tem seus momentos de total imaturidade, o que se justifica pela efervescência da idade.
O grande potencial narrativo da escrita de E. Lockhart contribui para que as reflexões geradas pela Frankie sejam expostas ao leitor de modo a incitá-los a pensar sobre o assunto em epígrafe. Além disso, o livro é afiado, lapidado e excessivamente irônico e sarcástico. Eu amo personagens que possuem um humor ácido e desafiam as imposições que a vida coloca em seu caminho. E a Frankie é este tipo de personagem; protagonista, crível e imperfeita, porém cativante, sutil e marcante.
Acredito que a capa e o título deste livro não poderiam ser outros. O casamento destas duas peças do livro são essenciais para conferir este visual "Frankie" ao livro. Sou completamente apaixonado pelo trabalho da Editora Seguinte e da E. Lockhart!! Hora do apelo: preciso de mais livros dessa mulher, u.r.g.e.n.t.e.
AVALIAÇÃO GERAL:
Espero que tenham gostado da resenha!
Não percam a chance de ler este livro e não deixem de comentar!
Adriano,
ResponderExcluirEstou 'in love' com o enredo deste livro. A luta feminista é tão atual e necessária em tempos em que o discurso misógino e machista encontra-se inserido e camuflado na nossa sociedade. Ninguém assume ser machista, mas não para de pensar que o homem manda na esposa ou que a mulher não pode cumprir tarefas masculinas. Até quando viveremos nesse ambiente tão hostil?
Acho impressionante que você tão jovem tenha esse pensamento crítico a respeito das minorias e pessoas que sofrem diariamente todas as formas possíveis de discriminação. Parabéns por ser diferente e contribuir para essas lutas. Avante!
Querido,
Achei sua resenha muito bem escrita como sempre e me senti na necessidade de apresentar este livro aos meus alunos. Farei isso! Obrigado pela recomendação.
Beijinhos
Adriano,
ResponderExcluirEstou 'in love' com o enredo deste livro. A luta feminista é tão atual e necessária em tempos em que o discurso misógino e machista encontra-se inserido e camuflado na nossa sociedade. Ninguém assume ser machista, mas não para de pensar que o homem manda na esposa ou que a mulher não pode cumprir tarefas masculinas. Até quando viveremos nesse ambiente tão hostil?
Acho impressionante que você tão jovem tenha esse pensamento crítico a respeito das minorias e pessoas que sofrem diariamente todas as formas possíveis de discriminação. Parabéns por ser diferente e contribuir para essas lutas. Avante!
Querido,
Achei sua resenha muito bem escrita como sempre e me senti na necessidade de apresentar este livro aos meus alunos. Farei isso! Obrigado pela recomendação.
Beijinhos
Oi,
ResponderExcluirJá vi vários comentários positivos sobre esse livro, principalmente sobre a ironia da personagem. A Frankie parece ser o tipo de protagonista que eu gosto; se mete em muita confusão para provar seu argumento.
Essas questões de discriminação estão em alta na literatura. Espero que sirvam para acabar com esse preconceito idiota e que não leva a lugar nenhum.
Concordo contigo: lugar de mulher é onde ela quiser.
Abração