[RESENHA]: Prisioneiros do Inverno - Jennifer McMahon

Olá, pessoal! 

Tudo bem?! Espero que sim!!

SKOOB - Grupo Editorial Record -
Leia um trecho.

Desde que vi sobre o lançamento de Prisioneiros do Inverno, escrito pela Jennifer McMahon e publicado pelo Grupo Editorial Record, que meu lado de leitor compulsivo e fascinado por mistério entrou em combustão. A premissa da obra me deixou bastante curioso sobre o que encontraria nesse gélido enredo e apesar de ter demorado um pouco a engrenar na leitura, a conclusão deste livro me deixou absorto e com aquela velha sensação de que foi uma leitura arrebatadora.

Prisioneiros do Inverno é um livro que esconde segredos. Segredos que são perigosos e não podem ser revelados e por isso, devem ser protegidos a todo custo. O personagem principal da obra é a própria cidade de West Hall, um local bucólico e gelado que possui lendas e mistérios acerca de seu passado. Um vilarejo que possui intenso folclore regional, a ponto de definir o ritmo de vida dos seus moradores. No entanto, seriam essas lendas invenções populares ou narrações fiéis da cultura local?

Independente da veracidade dos fatos, há uma lenda que alicerça a formação dessa cidade e que remonta ao início do século XX, quando Sara Herrison Shea foi encontrada morta numa cena macabra, apenas poucos dias após a morte de sua pequenina filha, Gertie. O tempo passou, mas todos ainda acreditam que há mais sobre essa lenda do que se tem conhecimento. Impera um medo e as pessoas devotam oferendas temendo a ira dessa mulher misteriosa de passado sombrio.

Essa região foi constantemente marcada por desaparecimentos inexplicáveis e que não deixavam vestígios, por isso, todos acreditam que no bosque e nas imediações da Mão do Diabo (uma formação rochosa qualquer) moram criaturas demoníacas que assombram a floresta ao longo dos anos. É um cenário muito bem construído e que causa arrepios de frio e medo! 

Um desses desaparecimentos é o da excêntrica, Alice. Uma senhora que habita nas redondezas da floresta e que some, deixando Ruthie, sua filha adolescente e Fawn, uma filha criança sem qualquer vestígio. A partir desse momento, dá-se início a resolução dos mistérios dessa obra, uma vez que o desaparecimento dessa mulher, faz com que as filhas encontrem uma cópia do antigo diário de Sara Herrison Shea, que provam como aquela mulher perturbada tomou medida desesperadas na intenção de não perder sua filha para a morte.

A trama oscila entre o presente e o passado. Na atualidade, acompanhamos os esforços da Ruthie em encontrar sua mãe e sua tentativa de entender os mistérios por trás do diário de Sara. E no passado, o leitor se depara com o próprio diário da Sara Herrison, no qual ela conta toda sua dor em ter perdido a filha e como foi capaz de tomar decisões absurdas sem medir as consequências de seus atos. O presente se desenvolve de tal modo por causa dos acontecimentos passados e tudo que aconteceu no início do século XX, causa muito impacto. 

Sem dúvidas, as partes mais intrigantes são aquelas narradas pela Sara. Eu consegui captar toda a dor que ela sentiu por ter perdido sua filha e apesar de injustificáveis, todas suas ações foram motivadas pelo amor incondicional de uma mãe ferida. O misticismo empregado e a forma como a magia e o poder se tornaram essenciais para compor o mistério do livro se tornaram muito autênticos e o livro trilha um ritmo próprio, lento, gradual e intenso!

A escrita da autora se torna muito fluida e envolvente! Além disso, a forma como ela brinca entre o presente e o passado fez com que a obra se tornasse bem mais dinâmica. 

No entanto, foi uma leitura que se caracterizou por um "esquenta e esfria constante". Como a autora narra os fatos por duas perspectivas temporais diferentes, ela fisgou o leitor ao prendê-lo pela curiosidade. Em outras palavras, quando o passado chegava ao ápice, ela retornava com o livro para o presente e vice-versa. Essa série de cliffhangers me prenderam no mistério, porém às vezes eu ansiava por mais e ela me privava disso ao mudar o foco narrativo.

De modo geral, o livro é grandioso em sua essência. Cada mistério é tão peculiar e tão folclórico que o misticismo se torna protagonista. Além disso, a forma como as respostas foram disponibilizadas para o leitor e como os fatos se concretizaram mostram como a Jennifer foi astuciosa em revelar os segredos sem perder o interesse daquele que lê. Ela encerrou o livro e o mistério sem surpreender ou decepcionar. Ela foi eficaz naquilo que se propôs: a resolução original de um mistério único.

Misterioso - Intrigante - Envolvente - Intenso - Frio

Eu amo essa capa e ela representa bem o clima frio das florestas cobertas de neves que encontraremos neste livro. A diagramação do Grupo Editorial Record está impecável, como sempre, e apesar de a fonte estar um pouco menor do que usualmente, isso não prejudica em nada a leitura! 

AVALIAÇÃO GERAL:

Eu recomendo a leitura para quem gosta de um livro misterioso e envolvente, carregado de segredo e misticismo regional que extrapola as barreiras temporais! 

Espero que tenham gostado e não deixem de comentar falando o que acharam do livro e da resenha! 

Ótima semana!