[RESENHA]: Mundo Novo - Chris Weitz

Olá, lindxs, 
Tudo bem?!

Editora Seguinte - SKOOB
Hoje, apresento-lhes a resenha de uma distopia que li no finalzinho de 2014 e que me agradou, apesar de alguns mínimos detalhes. Estou falando de Mundo Novo, escrito por Chris Weitz e publicado pela Editora Seguinte, o selo jovem da Companhia das Letras. 
Eu sou fã confesso de distopias e pela primeira vez, me decepcionei um pouco com a leitura de um livro do gênero em epígrafe!

Bebê, criança, adolescente, adulto, idoso! Naturalmente, esta seria a ordem cronológica das fases da vida de um ser humano qualquer. Envelhecer é a palavra de ordem. No entanto, o que aconteceria se toda a população mundial fosse extinta, restando-lhes apenas os adolescentes?! Como seria a organização de uma sociedade composta apenas por pessoas contendo entre 12 e 18 anos?! Pensou que seria uma bagunça? Você acertou.

Em Mundo Novo, a população foi dizimada por um ataque viral e os únicos sobreviventes são os adolescentes, todavia, eles são apenas portadores da imunidade, uma vez que ao transpor a maioridade, os sintomas da Doença se manifestam e esse quadro resulta no óbito. Nesse ínterim, pode-se inferir que a humanidade padece à mercê da provável extinção de sua espécie. 
"Algumas pessoas morrem aos dezoito anos, algumas mais cedo, outras mais tarde. A gente realmente nunca sabe. Tem algo a ver com os hormônios. Algo que nós temos, e as crianças pequenas e os adultos não; é o que nos protege. Mas devemos ser hospedeiros, porque quando você atinge a maturidade, o troço é ativado. Maturidade física, digo. Se você não morresse até atingir a maturidade emocional, os caras iam viver para sempre". (p. 36)
Com o fim da organização nata dos adultos, a sociedade juvenil precisou se adequar. Restando-lhes apenas adaptar-se as diferenças do mundo, os adolescentes passaram se agrupar em tribos ou gangues e com isso, passaram a obter e conviver com os poucos recursos existentes. Com os recursos naturais e energéticos também beirando a escassez, seus detentores precisavam se militarizar para defender e garantir sua sobrevivência. Por conta disso, instaura-se um clima violento e adolescentes precisam exercer ações diplomáticas ou embates físicos para assegurar sua sanidade física e psicológica; além da proteção de suas residências, de sua água, alimentos e amigos. 

A obra acompanha uma tribo que habita o que restou da cidade de Nova York. Esta tribo é liderada por um inexperiente, Jefferson, um rapaz que acaba de perder seu irmão para a Doença e que possui uma paixão doentia pela Donna. Em seu início na árdua tarefa de governar uma tribo, ele percebe que os recursos definham dia após dia, enquanto a violência além das fronteiras alcançam patamares exorbitantes! 

Motivados por uma fagulha de esperança criada pelo nerd Crânio, eles decidem sair do conforto de seus lares para embarcar numa jornada em busca de uma suposta cura, uma vez que suas vidas estão fadadas a findarem aos 18 anos. O tempo corre contra a raça humana e nessa aventura, eles serão exigidos ao limite, devendo manter a sanidade nas situações mais difíceis e sabedoria para lidar com as diferenças do mundo novo.

A caracterização das personagens está muito bem feita; todos os caracteres que definem um adolescentes fazem-se presentes, apesar da turbulência da sociedade. Sem deixar este tom ácido e petulante típico dos "aborrecentes" de lado, o Chris conseguiu encontrar espaço para desenvolver um romance com todas as nuances juvenis, receios, medos, inseguranças, primeiro beijo e etc. Além disso, ele conseguiu representar com sensatez como foi precoce o amadurecimento destes jovens e como eles tiveram de se adaptar as atuais condições para poderem sobreviver. 

Nesta jornada, eles encontrarão uma série de perigos e muitas cenas de ação são narradas com detalhes fidedignos. Saliento que alguns leitores podem se incomodar com a constante perspectiva de adolescentes estarem portando armas de fogo, uma vez que esta foi um fator que me fez perder o interesse na trama. Toda essa violência instaurada é tratada com muita naturalidade e por conta disso, causa certo incômodo.


Além disso, eu confesso que demorei a engrenar na leitura, por motivos desconhecidos. Como diriam alguns BBB's, "foi pura questão de afinidade". Não me senti tão fisgado pela trama, porém ao fim da leitura, confesso que o saldo foi positivo. Estou ansioso pela leitura do segundo volume, porque os fatos finais de Mundo Novo conseguem prender a atenção e deixar o leitor sem ar e surpreso. 
Devo mencionar que um dos grandes pontos positivos da obra, recorre das descrições de locais de Nova York, como hotéis, o Central Park, o metrô e etc.

A narrativa do Chris Weitz é bastante fluida e poderia ter findado o livro mais rapidamente. Eu queria ter gostado mais de Mundo Novo, porém não consegui gostar tanto. É contraditório sim, porém acredito que o problema reside no momento em que li o livro. Talvez numa outra época, eu leia e goste bem mais. A trama é narrada pelo Jefferson e pela Donna, sendo que as vozes narrativas são muito distintas entre si e a Editora Seguinte diferenciou as fontes entre os personagens. 

Eu odiei esta capa num primeiro momento (#ProntoFalei), entretanto, após tê-la visto em mãos, meu julgamento se mostrou precipitado. É uma capa bonita sim, condizente e coerente com o livro. Além disso, esta coloração fluorescente torna o livro ainda mais bonito. Não encontrei erros gramaticais no decorrer da trama e o tamanho da fonte é bastante confortável para a leitura! 

Eu recomendo esta leitura para todos que gostem de tramas adolescentes e de livros distópicos, sem deixar de lado, uma nuance científica e biológica!
AVALIAÇÃO GERAL:

E aí, pessoal, o que acharam?
Não deixem de comentar e um feliz São João!!

2 comentários:

  1. Meu Deus,
    Um mundo apenas com adolescentes seria o fim do mundo e da existência humana. Imagino como o amadurecimento destes personagens tenha sido precoce e cruel, levando-os a se tornarem cascas duras e atacantes.
    Não sei se me agradaria ver jovens pegando em armas, isso acontece na realidade e me choca bastante.
    Gostei de saber que mesmo nesse clima apocalíptico, eles continuam sendo adolescentes aborrecentes e que o romance faça parte.
    Pena que você não tenha gostado tanto e ainda bem que o final de deixou curioso. O segundo volume deve chegar logo! rs

    Beijinhos

    ResponderExcluir
  2. Meu Deus,
    Um mundo apenas com adolescentes seria o fim do mundo e da existência humana. Imagino como o amadurecimento destes personagens tenha sido precoce e cruel, levando-os a se tornarem cascas duras e atacantes.
    Não sei se me agradaria ver jovens pegando em armas, isso acontece na realidade e me choca bastante.
    Gostei de saber que mesmo nesse clima apocalíptico, eles continuam sendo adolescentes aborrecentes e que o romance faça parte.
    Pena que você não tenha gostado tanto e ainda bem que o final de deixou curioso. O segundo volume deve chegar logo! rs

    Beijinhos

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